Majorie estava um pouco irritada, logo que desceu do ônibus mas conforme passaram-se as horas do dia se esqueceu completamente daquele cara mal humorado, porém, muito atraente.
Estava deitada na cama com o celular na mão quando recebeu uma mensagem de Carolyn.
" Oww, o Victor me ligou e me convidou pra colar numa festa esse fds"
Droga, com certeza ela iria ir. Será que não via que Victor era um idiota ?
De qualquer jeito, Marje não iria ir nessa festa pela amiga, nem pensar ! Se ela quisesse se ferrar que fosse sozinha.
"Hmm, e tu tá querendo ir ? " - perguntou, a mensagem com a resposta demorou um pouco para chegar, para Marje a resposta era obvia, mas precisava perguntar antes de fazer um barraco.
"Não sei, acho que vai ser daora. Vai rolar uma festa na chácara do Renato, lembra dele ? Então, parece que vai dar mó galera ! "
Renato ? Agora sim essa ideia de ir para festa lhe parecia ainda mais ridícula.
"Não sei se é uma boa ideia tu ir nesta festa, depois do que o Victor te fez ... "
" Eu sei que parece meio ridículo, mas é só uma festa não vou ficar com o V. "
Marjorie parou de responder a amiga, pois viu uma atualização de George no facebook.
"Alterou o status para namorando"
Ela respirou fundo, mas as lágrimas já tinham começado a rolar por seus olhos, borrando toda a maquiagem.
* * *
- Carolyn, seu pai e eu vamos sair. - avisou a Sra. Laura da porta do quarto da filha. Ela e o marido eram o que pode se chamar de casal perfeito e animado.
- Tudo bem mãe.
Depois que ouviu o carro sair, Carolyn se levantou da cama e pós-se em frente ao espelho. Passou uma sombra colorida nos olhos, penteou o cabelo e o amarrou em um alto rabo de cavalo.
Meia hora depois a campainha tocou.
A garota correu, estava ansiosa. Chegou a porta da frente e observou pelo pequeno olho mágico; Era ele ! Enxugou as mãos úmidas no vestido leve, e abriu a porta com um sorriso largo. Ele lhe beijou os lábios e esperou o convite para entrar. Carolyn estava com as pernas um pouco moles, e um tipo de calor estranho havia tomado conta do seu corpo.
O convidou para entrar e foram para o seu quarto. Parecia que a voz de Marje ficava vagando pela cabeça dela, mas quando as palavras da amiga iam se encaixando em sua memória, Victor puxava seu corpo contra o dele e pronto, esquecia todos os conselhos.
* * *
- Alice ? - Chamou Dona Joana. A neta estava debruçada sobre a escrivaninha e haviam alguns frascos e alguns remédios sobre a mesa. Jojo entrou em desespero, será que sua pequena Alice estava tentando se matar ? Oh céus, o que ela havia feito para merecer isso ?
Chamou uma ambulância. Dentro de alguns minutos, enfermeiros vestidos de um branco, que não trazia paz, carregavam sua neta para dentro daquele carro frio.
Alice abriu os olhos devagar, e demorou um pouco até entender onde estava e porque estava ali. Olhou para o lado, em uma poltrona, sua avó rezava um terço baixinho. Alice balbuciou qualquer palavra, mas sentiu uma dor aguda no nariz e na garganta, estava entubada. Um líquido negro escorria por aquele cano que entrava por seu nariz. Alguém havia a salvado de seu suicídio. A vó lhe ouviu resmungar. Largou o terço e gritou pelos médicos. Não havia mais perigo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário